segunda-feira, 12 de janeiro de 2004

... nos céus

37.000pés algures sobre a africa austral ...
flight attendant Meredith ... AF

Já nos cruzaramos várias vezes no hotel e sobretudo na piscina. A troca de olhares não fora mais para mim do que a admiração pelo corpo dela. Um corpo avermelhado por alguns dias de sol tórrido , uns cabelos castanhos encaracolados e longos que lhe caíam pelas costas.
Deitara-se a meu lado nos cadeirões uma das vezes e sabia como as mulheres sabem quando um homem as deseja. Acabamos por conversar trivialidades e a partir desse dia , partilhamos a proximidade na piscina sempre que nos encontravamos lá.
Olhares traquinas, sorrisos matreiros mas nada mais do que isso. Aquele jogo da sedução que ela tão bem sabia jogar.

Treinada por horas infindáveis de espera em hotéis pelo mundo fora.
No vôo acabamos por nos encontrar de novo. O sorriso trocado foi melancólico desta vez. trespassou-me a mente recordando-me que seria a última vez que a veria normalmente. E senti o mesmo no dela. Trocamos pequenas palavras quando nos cruzavamos na cabine. Até que a meio da madrugada...a meio do vôo com o silêncio a imperar e a escuridão do sono que havia invadido a cabine senti uma mão tocar na minha. Uma voz silenciosa que me sussurrou...
- "suivez-moi ..."
Segui-a e entramos num dos quartos de banho que fechou de imediato atrás dela. Apertados. Demasiadamente apertados num ápice senti os lábios dela buscando os meus.

Sofregamente as nossas línguas envolvendo-se numa luta quente e húmida.
As minhas mãos acariciando-a e as dela vingando-se no meu corpo.

A custo fiz a saia dela subir-lhe pelas pernas, revelando-me a cuequinha ainda com os collants vestidos. Em câmera lenta vi os dedos dela puxá-los para baixo e virando-se para o espelho, de costas para mim, arqueou as costas e pediu-me :
-"prends-moi..."
Não me fiz rogar e o meu sexo penetrou-a , deslizando completamente molhado.

Os movimentos eram cadenciados e aumentaram de ritmo á medida que me sentia crescer mais e mais dentro dela.
Parei e virei-a sem lhe dar tempo de reagir. Sentado agora com a tampa fechada levantei-lhe uma das pernas e ela percebeu.

Se percebeu.

Pousando-a no meu ombro ofereceu-me o seu sexo encharcado que beijei.

A ponta da minha língua gostava-a, provava-a sem parar. Senti que se encostara agora ainda mais a mim, roçando-se na minha boca. Esfregando-se perdida. Apertei os mes lábios em redor dum clitoris excitado e puxei-o. Suguei-o puxando-o.
Vezes e vezes sem fim, lambendo e sugando até a sentir chegar onde queria que chegasse.
Veio-se em silêncio...gemido longo e profundo, tristemente abafado.
-"maintenant a mon tour...laisse-moi te prendre" disse-lhe levantando-me.
E regresso á primeira figura. De costas para mim , debruçando-se sobre o lavatorio com a cara quase encostada ao espelho deixou-me possui-la ...

Acariciava as mamas que havia libertado de uma camisa e soutiã demasiadamente inconfortaveis e o movimento de pêndulo que tinham sincronizado a cada vez que a penetrava profundamente iam-me enlouquecendo mais e mais.

Pelo espelho via o olhar perdido e semi-cerrado do prazer que gozava ali ...comigo. Vim-me com quinze dias sem sexo. Sentindo a abundância deixá-la repleta de mim.

De regresso ao meu lugar levava comigo um número de telefone e um endereço num pedaço de papel. O compartimento do cinzeiro foi o seu destino...em pequenos pedaços rasgados.