terça-feira, 23 de agosto de 2011

Penso-te


Penso-te
Abstractas as imagens
trilhos infindáveis o teu corpo mulher
Surdos gemidos teus que me ecoam no pensamento
brisa madrugada acaricia-me o teu nome

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Enigma

Bela e sinuosa na atracção
Insinua-te provocando-me sem pudor,
mulher enygma de meus sonhos
Arqueia-te , rins apoiados em minhas mãos
Provar-te onde és mulher;
Este fogo que me queima de desejo
Contorce-te gemendo ensandecida
confins do teu ser , penetro lingua minha
e por fim geme em  êxtase,
Prelúdio do que quero me encha a boca.
Que me escorra de ti em mim ...
porque eu ávido do teu vir.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Rei dos Paus

É pau, e rei dos paus, não marmelleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser arvore de figo,
Da glande o fructo tem, sem ser sobreiro:

Verga, e não quebra, como o zambujeiro;
Occo, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando ás vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:

Á roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nú;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!

Para carvalho ser falta-lhe um u;
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar metta-o no cu.

Bocage, Poesias eroticas,
burlescas e satyricas, London, 1926

ADIVINHASTE ?
CONSOLA-TE!!

(dedicado a um anónimo/a muitoooo especial. Se és gajo fode-te. Se és gaja e não te ligo, "das duas três" ... ou não valeste nadinha ou ... não vales nada.)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vontade de

Vontade de
(Gemeres perdida)
(Contorceres-te insana)
teu gosto
(vontade mesmo...)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mãos

Queres-me pecador
Mão em frenesim
Violento-me assim
Perdido e em furor



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Maldade III - Meretriz

Pura tu donzela?
mulher fiel mera miragem
numa cama de insalubre estalagem
fodes uivando, cadela

por detrás impeles-me tu;
teus quartos sela e eu encaixado
de trote ao galope desvairado
uivas tu, cavalgo eu, profanado tabu

Lamúrias remorsos de cú tomado
por outro que corno em vida juraste sentir
mas à noite meretriz, quando te cobrir
nao te dará coitado, o que de mim tiveste cravado