
A língua lambe
A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.
A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.
Carlos Drummond de Andrade
vim aqui parar em fragmentos e, por coincidencia, hj poetei sobre língua(a) eu sabia que tinhas poesia para além da pornografia (at+e rima rs)
ResponderEliminarpornografia?
ResponderEliminarse há coisa que o teu blog é, é tudo menos pornografia...
ResponderEliminarLibertya agradeço e de facto nunca o foi. Pelo menos também o penso e quero.
ResponderEliminarbeijo