Eu te saúdo, ó fenda vermelhita
que luzes entre os flancos vivamente;
eu te saúdo ó poço tão contente
que à minha vida trazes tanta dita.
Por tua causa em mim não mais se agita
o arqueiro, nem seu voo me atormente:
tive-te quatro noites tão somente
e a força dele em mim se debilita.Ó buraco mimoso, ó buraquinho,
furo travesso em buço encrespadinho
que os mais rebeldes domas aos magotes,
os galantes deviam, para honrar-te,
bem de joelhos vir para adorar-te
e empunhar bem acesos os aschotes.
(Vasco Graça Moura - Alguns Amores de Ronsard )
* o meu agradecimento na forma de um beijo à MZ por me ter revelado a existência deste trecho.
gostei muito de passar por aqui...
ResponderEliminarsentindo.TE agradeço a visita ;)
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