terça-feira, 12 de julho de 2011

Profanada

Avivo teu ventre molhando-o de mim
noite bréu em desconhecidos quartos
contorce-se lençol e teu corpo cheiro jasmim
roças-me ensandecida seios fartos

Em minha boca salivo quente
na tua voz libidinoso deleite
Descendo busco-te o afluente

Coxas que abres revelando o enfeite
Bradas cio molhada e anuente
Clamando-me encher-te de leite

Mas virando-te sem pudor
Presenteio-me o que de ti quero
covil sombrio me enterro gritas dor
Teus olhos fito, lágrima espero

Cavalgando cravo esporas
teu dorso vergo na planicie dum leito
Meus dedos teus bicos amoras
e teus cabelos soltos afeito

Perdido e antes de partir
golpe cruel ao abismo do teu ser
dois amantes desigual prazer
Teu pranto incrédulo e eu a vir

Quis-me profano da deidade
Fui Priapo e Akheron por ti usado
Meu phalo , Hestia do fogo sagrado
Fiz-te Messalina, essa é a verdade

Sem comentários:

Enviar um comentário