quinta-feira, 13 de setembro de 2007

a vizinha da frente...

Vi-a pelo reflexo do espelho o seu corpo nu num banho envolto de névoa. A janela aberta proporcionava-me essa indiscrição.

Indiscrição que se repetia inocentemente com um flagrante de dias atrás dela e do seu marido.
Alta e morena, sensual qb. Trintona ou princípios dos quarenta. Difícil de dizer...mas um corpo delicioso.

Desta vez deixei-me ficar estático...fitando-a e sentindo um calor invadir-me o corpo. Calor de desejo que aquele corpo nu me causava.

Saiu do duche envolta numa toalha enorme e o olhar dela cruzou o meu reflexo. De um gesto instintivo desviei o olhar mas apenas uma fracção de segundo. A tentação invadira-me e olhei-a de novo.

Para meu espanto não correu a fechar a janela mas deixou-se ficar no centro do quarto agora. Colocava algo nos braços nus e sem me conter deslizei a minha mão até ao meu sexo. Tapado pelo parapeito da minha janela a ela apenas lhe restava a imaginação e o adivinhar.

Mas imitou-me e uma mão embrenhou-se por dentro da toalha e acariciava-se em gestos lentos...extremamente lentos. Imaginava aqueles dedos endurecendo os mamilos. Sentindo-os endurecer ao toque sensual e quente.

E assim ficamos os dois, de cada lado da rua, escondidos do mundo.

A cabeça dela pendia para trás dando-me a entender o prazer que a invadia e acabei por desapertar as calças libertando o meu sexo hirto e dolorosamente ávido daquela mulher que se acariciava comigo e para mim a escassos 10...15 metros de distância.

Afastando-me dei-lhe a oportunidade de me poder agora ver. Com campo visual aumentado um sorriso aflorou-lhe os lábios. Fi-la ver o meu sexo e as caricias que me proporcionava. De novo imitou-me e de um gesto fez cair a toalha que a envolvia. Uma mão deslizou até a uma púbis longínqua.

Dolorosamente longínqua ...

Masturbavamo-nos os dois. Momento nosso partilhado numa cumplicidade repleta de erotismo.

Os movimentos aceleravam, os dela...os meus...usufruindo mutuamente das nossas caricias.

Os nossos olhares fixaram-se um no outro e nos lábios dela li a palavra "venha...".
Confirmei apontando o indicador para ela e assentiu de um gesto de cabeça. A tesão era impossível de dominar já e num ápice vi-me á porta de entrada dela. Já lá estava também porque a abriu de imediato e sem uma palavra os nossos dedos e mãos exploravam agora o corpo do outro. Caricias violentas e lábios procurando corpo e pele. As minhas calças essas caídas no chão e os boxers descidos pelas suas mãos.

Apoiando-se precáriamente na mesa de cozinha deixou-se tomar de assalto por mim. Literalmente.

Os meus dedos na base do meu sexo guiaram-me aquela fonte encharcada de caricias incontidas e penetrei-a de uma vez.

Arrancando gemidos e murmúrios penetrava-a mais e mais. Movimentos sacadados como se o mundo acabasse ali. Agora fodiamos....fodiamo-nos um ao outro completamente possessos de tesão e sem palavras.

Os lábios dela contraiam-se e massajavam-me o sexo entesando-me ainda mais e mais. Mulher madura que sabia como fazer. Adorava encontrá-las.
Indo e vindo com as minhas mãos em concha segurando-lhe as nádegas. Fodiamos e a mesa sofria. Rangendo a cada estocada louca com que a possuía.

As unhas dela cravaram-se nas minhas costas e nem a camisa me protegeu. Vinha-se num orgasmo desmedido e ouvi-a pela primeira vez soltar palavras.

-"...tou-meeee a virrrrr..."

Voz rouca e sensual a dela e foi o gatilho á minha tesão. Explodi enchendo-a de mim. Vinha-me nela e sentia os esguichos que me saíam da glande.

Deixei-me ficar ali. Dentro dela escorrendo e goticulando o que ainda tinha.

Quando nos "vestimos" a frase saíu em uníssono.

-"Que loucura. Que fizemos?"

Verdade sim. Loucura tremenda. Nem o nome dela conhecia. Hoje ficamo-nos pelo "bom dia vizinho/a" da praxe e um sorriso tímido de simpatia.

Mas sabemos o que aquele sorriso significa.

domingo, 9 de setembro de 2007

Aula de Amor de Bertolt Brecht

Mas, menina, vai com calma
Mais sedução nesse grasne:
Carnalmente eu amo a alma
E com alma eu amo a carne.

Faminto, me queria eu cheio
Não morra o cio com pudor
Amo virtude com traseiro
E no traseiro virtude pôr.

Muita menina sentiu perigo
Desde que o deus no cisne entrou
Foi com gosto ela ao castigo:
O canto do cisne ele não perdoou.
Bertolt Brecht

sábado, 8 de setembro de 2007

Inesquecível e louco ...

- “Assim. Anda assim! quero-te assim!”- ordena-me ela.
Aquela cintura arqueada, empinando o rabinho, de 4 pedindo-me que a possuísse.
Os gritos que liberta . Os vizinhos do 5º devem saber como me chamo agora.
- “Anda!!! Foda-se … mete-a toda ... !”
Retorqui que não, ao mesmo tempo que a acariciava entre as coxas com o meu sexo. Fazendo-o roçar de baixo para cima … molhando-o nela.
- “Sim! Quero que me metas atrás! ... mete devagarinho mas mete-a toda.”
Tento penetrá-la de onde escorre de prazer mas esquiva-se.
- “Dasse! Mete-a! “- grita-me

A mão dela num movimento rápido armadilha-me. Segura-me no meu sexo guiando-o.
Deixo-me ir, covardemente … sei o que vai acontecer e permito-o.
Pressiono, guiado pela sua mão e lentamente sinto o aperto dos deuses. Estrangula-me a glande … pressiono mais um bocado, penetrando milímetro a milímetro.
Deixo cair a minha saliva naquele rego tão belo e ali oferecido. Vejo-a em câmara lenta, descendo até encontrar o meu sexo. Untando-me, lubrificando o que não adianta lubrificar.
Pressiono ouvindo um gemido abafado…
- “Isso. F***-me toda!! Mete-mo todo! Não pares! Rebenta-me o .! Aiiii f****-se!!!!”
Pressiono agarrando-me às suas ancas….não a vou largar agora.
- “aiiiii…A* pára pára!!”
Pressiono mais e mais… os gemidos dando lugar a um guincho agudo.
- “não!! Pára!!“
Perdido, quem a mandou? Quem a mandou soltar a fera enclausurada? Quem a mandou armar-se em Pandora?
As minhas mãos num aperto de tenaz…
Pressiono e de um golpe de rins penetro-a até ao fundo. Um grito lancinante percorre-me o corpo, fazendo-me estremecer.
Gemo, grita ela, gemo, chora ela, arfo, geme ela arrancando os lençóis. O meu corpo apoiado no dela indo e vindo sem parar. Indo e vindo naquele aperto de tesão.
Saio dela … deixando-a estender-se na cama … um gemer tímido perdido nos lençóis.
Beijo-a ternamente nas costas … deslizando. A quebra de rins pronunciada num corpo de maravilhar. Desço e encontro o que havia possuído. Beijo-o … perdoando-me.
As coxas que se abrem … pedindo-me que me perdoe como ela sabe que o farei.
Sorrio … beijando desço …