segunda-feira, 18 de agosto de 2008

No jardim...

Haviam todos saído. Uma tarde esplendorosa de sol e calor convidara-os à piscina.
Ficáramos sós, dormitando ou fingindo-o e aproveitávamos agora o escasso tempo para finalmente libertarmos o desejo contido e aprisionado.
Carícias aveludadas em corpos semi-nus. Adorava aquela sensação de finalmente poder senti-la. Na ponta dos meus dedos, na minha boca e língua, no meu corpo.
Uma tesão enlouquecedora apoderando-se de mim à medida que desenhava contornos imaginários pela pele bronzeada e sedosa.
Encostada às sebes do jardim perscrutava movimentos e vozes...o medo constante da loucura que cometíamos.
Descendo pelo corpo dela saboreei o gosto de Vénus. Molhada ... deliciosamente molhada de desejo que deleitei ...
Gemia quase em silêncio apertando os dedos nos meus cabelos, emaranhando-se neles. Da sua boca saíam as palavras "loucura, isto é uma loucura, estou doida, deixas-me doida, quero-te em mim...".
Chicoteava ternamente aquela vulva com a minha língua e não tardou num espasmo e tremores múltiplos a oferecer-me na minha boca um orgasmo. E outro...e outro ainda. Sem me conter gostava o gosto que me oferecia em abundância. Escorria-me pela boca a tesão que lhe oferecia e havia prometido.
-"Vais-te vir tantas vezes na minha boca que me hás-de pedir para parar" havia-lhe eu dito em conversas quentes.
E pediu-me...implorou-me que parasse. Os joelhos flectiam sem forças e apoiava-se em mim a cada orgasmo.
Prometera-lhe que não a penetraria. Por respeito hipócrita e parvo ... grávida ... deliciosamente grávida. Um ventre portando o fruto que tanto ansiava. Dela e dele...onde eu era apenas o intruso. O intruso que lhe oferecia o prazer proibido.
Içando-me atingi os lábios dela que sofregamente beijou, acariciando-me agora onde o meu desejo se notava.
Acariciava-me possessa e a mão incontida vasculhando entre os meus calções encontrou a presa que apontava ao céu.
Os movimentos da mão naquele vai e vêm cadenciado mas rápido. Demasiadamente rápido, sinal de que já ultrapassara o limite da razoabilidade e do cuidado que deveríamos ter. Gemia agora sonantemente e sentia na minha coxa escorrer-me o prazer dela. Roçava-a entre as pernas dela e entesava-me ainda mais senti-la tão molhada assim...

-"mete-ma...mete-ma" ordenou-me e não me contive...

-"Não e não" respondi eu tentando conter a ânsia e a tesão que aquele corpo maravilhoso me causava.
Caminhamos até á piscina reencontrando os demais e um mergulho rápido arrefeceu-me as ideias e corpo.
Demasiadamente escaldante mesmo para uma tarde de Verão.
(Marcia)

domingo, 17 de agosto de 2008

À mesa...

O calor amolecera-me. Jantar entre casais regados e mais que regados tem o seu preço.
A coxa esquerda dela roçando na minha. Um calor inimaginavel que me invadia. Loucura os gestos dos meus dedos , deslizando pela sua coxa com outras pessoas à mesa.
Sinto-a contrair-se ... subo lentamente, percorrendo quase imperceptivelmente o caminho que me levará onde quero.

Toco-a ... molhada como eu sabia que estaria. Fica sempre assim ao terceiro segundo que lhe toco.
As conversas continuam triviais, sorrio e comento já nem sei o quê...

Paro ... estou a exagerar nesta loucura que me invade a alma. Ter mais cuidado ... não posso perder-me assim. Não sou eu ... não posso ser eu com os nossos melhores amigos á mesa. Em casa deles. De férias. Rindo e gozando com eles.
A acariciar uma coxa húmida , roçando de quando em vez os dedos numa fonte desejosa. Da anfitriã ... com o marido ao lado.
... Não posso!! Adiado o momento a dois.
(Marcia)