sábado, 4 de dezembro de 2010

Pinto e repinto

É outro corpo que flagelo
Outro nome que gemo
Num silêncio gritado
Uma tela que pinto
de dedos e meu falo
..."Fode-me Fode-me"...
Ancas alucinadas
Num ir e vir de perdição
Procuro a dor e o grito
recebo gemer e prazer
..."Vem-te Vem-te"...
Retardado o meu vir
Pinto e repinto sem parar
esboços dementes
aguarelas de mil cores
..."Enterra-a toda Enterra-a Toda"...
Cravo-me no infinito
pinceladas incontaveis
E na tela ausente
trémula e perdida
preencho de cor meu jorro premente

Sem comentários:

Enviar um comentário