segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

(FICÇÃO) - "Uma praia fria ..."

Praia ...
O vento frio fustigava pequenas gotas de mar salgado que se misturavam com as palavras dela. Palavras doces e sentidas, revelando o íntimo do seu ser e os nossos dedos acabaram por se tocar.
Toque suave , tímido é certo, mas repleto de carinho. Forma de provar a atenção prestada.
Os olhares esses cruzaram-se e acercando-se imperceptivelmente tocamo-nos com os lábios num beijo.
Rubor que invadindo os dois corpos sinalizava o desejo que sentíamos um pelo outro. Desejo de partilha de um momento. Aquele momento tantas vezes falado e escrito. Esquecendo quem éramos e de onde provínhamos. Esquecendo quem tínhamos e onde iríamos depois.
As minhas mãos deslizaram na cintura dela e puxei-a. Resistindo ligeiramente o corpo dela colou-se ao meu.
Sentia-lhe a respiração ofegante. A minha boca procurou o ouvido e sussurrei-lhe palavras ternas. Arrepiando-se desistiu e o corpo dela moldou-se no meu.
Mordiscando o lóbulo, deslizei a minha boca pelo pescoço arrancando-lhe sons inaudíveis. Fugindo à indiscrição dos olhares indiscretos, demasiadamente expostos foi com passadas curtas que nos levamos até a uma rocha onde as costas dela buscaram apoio.
Virou-se e os meus dedos percorriam-lhe agora o corpo, palpando e acariciando.
A saia essa subiu-lhe pelas coxas e deslizei por baixo da cuequinha as costas dos meus dedos. Descendo-os levei-os onde os senti molharem-se. Molharem-se de prazer incontido. Molharem-se de desejo. De um prazer escaldante que o ar frio do mar ali perto não conseguia arrefecer.
Beijando-a enquanto descia por ela, levei a minha boca á fonte. Sentiu a minha respiração quente por entre as coxas e desta vez gemeu. Gemeu num prelúdio do que sabia lhe ser oferecido.
Gostando-a, provando-a da ponta da minha língua senti-lhe os músculos contrairem-se.
Virou-se e arqueando ligeiramente a cintura afastou as pernas oferecendo-me o que buscava. Dedos cravados nos glúteos afastei-os fazendo agora passar a minha língua , enchendo a minha boca de um sabor extasiadamente salgado. Sugando e lambendo libertou-se para mim. Tremia agora, tremia de prazer sentindo-se fustigada pela minha língua. Acariciada por ela. De baixo para cima molhava-a até a curvatura dos seus rins.
Deliciando-me num clitóris excitado. Deliciando-me num botão de rosa apertado. Deixou-se levar assim ao extâse. O corpo estremeceu em espasmos violentos e os joelhos cediam. Gemeu longamente num orgasmo louco.
Ainda tremia quando levantando-me , a beijei no pescoço. Virou-se e os lábios dela procuraram os meus.
Os nossos olhares cruzaram-se e um sorriso recíproco fixou-se nas nossas bocas. O vento glacial devolveu-nos a realidade e a razão. De regresso ao passadiço beijamo-nos como dois bons amigos e afastamo-nos sem que a tentação não prevalecesse. Olhando para trás buscamos no olhar um do outro a repetição de outros "momentos".
O sorriso trocado foi esclarecedor...
(para a SR com um beijo doce e terno)

4 comentários:

  1. Ola,
    Que gostoso esse blog!
    Gente dêem uma olhadinha no meu blog, quero sugestões e principalmente comentários.
    Beijos

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  2. Delicia de conto! Belas palavras bem colocadas, transmitindo desejo sem vulgaridade. Meus parabns! Estarei sempre visitado seu blog. Bjos molhados...

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  3. comento 2 meses depois...;)
    adorei...
    adoro ler te!
    beijjinhos

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